Participação do Projecto ESTELA no colóquio "A Herança de Frei Manuel do Cenáculo, 200 Anos Depois: Perspectivas de Futuro"



 

 

 

O Projecto ESTELA foi convidado a participar no colóquio "A Herança de Frei Manuel do Cenáculo, 200 Anos Depois: Perspectivas de Futuro", organizado pela Museu de Sines, o Museu Nacional de Arqueologia e o Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Este colóquio realiza-se no próximo dia 29 de Abril em Sines.

 

Pretende-se evocar o bicentenário da sua morte e reflectir sobre o seu legado. Como é referido pela organização “D. Frei Manuel do Cenáculo foi uma das figuras mais brilhantes do Iluminismo português. Do seu dinamismo nasceram instituições como a Biblioteca Pública de Évora e coleções de arte e arqueologia que estiveram na base dos museus de Beja e Évora. Escavou sítios arqueológicos e é abundante a sua produção literária. É de grande atualidade a sua perspetiva sobre a educação, apoiada no saber acumulado nas bibliotecas e nos objetos científicos, históricos ou artísticos a elas associados, como complemento prático do saber teórico.”

 

De facto, este ilustre, considerado por alguns como o primeiro arqueólogo português, realizou inúmeros trabalhos em sítios arqueológicos alentejanos e procedeu à primeira relação de um conjunto de estelas com escrita do Sudoeste, devidamente ilustradas no álbum chamado Lápides do Museo Sesinando Cenaculano Pacence a par dos Cuidados Literários do Prelado de Beja em Graça do seu Bispado ou Sisenando Mártir e Beja sua Pátria.

 

Assim, será apresentada a conferência com o título: “Frei Manuel do Cenáculo Villas-Boas: um pioneiro no estudo da epigrafia Pré-Romana dos Campos de Ourique”, da autoria de Amílcar Guerra, Samuel Melro, Pedro Barros e Susana Estrela.

 

Esta iniciativa é gratuita (limitada aos lugares do Auditório) e vai decorrer no Auditório do Centro de Artes de Sines, onde poderá obter mais informação.

 

 

2º Festival de Caminhadas do Algarve

 

O 2º Festival de Caminhadas do Algarve, nos próximos dias 25, 26 e 27 de Abril, volta ao Ameixial, aldeia situada no limite norte do Algarve, na fronteira com o Alentejo, no meio da Serra do Caldeirão. Como forma de identidade e diferenciação, o grafismo do Festival continua inspirado na escrita do Sudoeste, símbolo privilegiado da herança histórica da região e uma das imagens de marca da serra.

 

Durante três dias, as actividades dividem-se por mais de vinte “percursos pedestres, corridas de montanha, workshops, património natural e cultural, animação, música, gastronomia, conversas, aprendizagem, convívio...”. A participação neste evento é gratuita, mas requer inscrição prévia junto da organização.

 

O Projecto ESTELA estará presente logo no primeiro dia, a 25 de Abril pelas 19h, a guiar uma visita à exposição de rua itinerante Quem nos escreve desde a Serra onde se ilustra alguns dos materiais arqueológicos provenientes do concelho de Loulé e se dá a conhecer a investigação realizada sobre a Idade do Ferro na serra do Algarve, as estelas com escrita do Sudoeste e o modo de vida e da morte destes povos. Esta exposição faz parte de uma colaboração da Câmara Municipal de Loulé com o Projecto ESTELA e conta ainda com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Junta de Freguesia do Ameixial, da Junta de Freguesia de Benafim, da Junta de Freguesia de Salir, do Museu Municipal de Faro, da Direção Geral do Património Cultural e do Museu Nacional de Arqueologia.

 

Acompanharemos também o percurso pedestre guiado pela Liga para a Protecção da Natureza previsto para a manhã do segundo dia, a 26 de Abril (Sábado) e guiamos uma das caminhadas temáticas do último dia dedicada à “escrita do Sudoeste”. Neste último, serão percorridos cerca de 4km ao longo da ribeira do Vascanito e se visitarão três dos sítios arqueológicos onde apareceram estelas nesta região, em constante contacto com a natureza da região.

 

Ainda no último dia do Festival, a 27 de Abril (Domingo) pelas 11h, daremos apoio a um Peddy Papper para famílias dedicado à escrita do Sudoeste, numa interação com o meio ambiente, os habitantes do Ameixial e à descoberta do património natural e cultural da aldeia.

 

O 2º Festival de Caminhadas do Algarve é organizado pela ProActiveTur e pelo Projecto ESTELA, sendo uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Loulé, com os apoios da Junta de Freguesia do Ameixial e em parceria com a Direcção-Geral do Património Cultural. Mais informação em 2º Festival de Caminhadas do Algarve.

 

Olhar 2013 e realizar 2014

 

Em 2013 o Projecto ESTELA continuou a divulgar o projecto e a investigação realizada em torno da escrita do Sudoeste.

 

Em termos científicos, participou-se com a comunicação: “A investigação sobre a escrita do Sudoeste no concelho de Loulé” no ciclo de conferências “Antiguidade em Loulé” promovido pelo Arquivo Municipal de Loulé, onde se deu a conhecer os contributos dos louletanos, investigadores e apaixonados pela arqueologia para a recolha de estelas com escrita do Sudoeste desde 1897.

 

Neste âmbito houve ainda uma nova campanha de escavação arqueológica no sítio arqueológico da Portela da Arca (Almodôvar), onde se efectuou nova reportagem diária. Estes trabalhos foram divulgados na imprensa regional. O jornal Sul Informação, que tem acompanhado de perto as iniciativas do Projecto ESTELA, recebeu durante este ano o prémio para Melhor Trabalho Jornalístico/ Media atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

 

O projecto pôde ainda contar com uma bolsa de investigação do Instituto Arqueológico Alemão (DAI). Durante a estadia na Delegação de Madrid foi possível rever a informação existente num dos locais de trabalho de Jürgen Untermann, epigrafista que nos deixou durante o ano passado e que estará para sempre ligado “a estas pedras, a estas lápides que de alguma forma são suas”, nas palavras de Amílcar Guerra.

 

Como programado, 2013 também fui um ano preenchido a dar corpo à visão social do Projecto, com os resultados da investigação científica a serem alvo de acções de valorização, divulgação, educação e fruição.

 

Assim, foi com grande satisfação que o 1º Festival de Caminhadas do Algarve adoptou um grafismo inspirado na escrita do Sudoeste como modo de identidade e diferenciação. O Projecto ESTELA participou activamente através de um percurso temático dedicado à “Arqueologia e escrita do Sudoeste” e do peddy papper, para pais e filhos, com o tema “À descoberta da escrita do Sudoeste”.

 

A exposição “Quem nos escreve desde a Serra” foi outra das acções de divulgação concretizadas. Esta exposição de rua itinerante tem como tema as estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro na serra do Algarve. Percorrendo o concelho de Loulé, esteve patente em Salir, onde se exibiu pela primeira vez a estela do Viameiro (Salir), seguiu depois para a Penina (Benafim), onde regressou temporariamente a estela de Barradas proveniente daquela freguesia e, por fim, terminou no Ameixial com a apresentação ao público da réplica da estela de Corte Pinheiro. De forma complementar à exposição, foi apresentado um vídeo - a mensagem mais vista no blog - que revela o processo construtivo da exposição, desde a ideia até à sua concretização, passando pelas pessoas envolvidas e os meios logísticos necessários e divulgando ainda alguns dos conteúdos da exposição.

 

A materialização desta exposição só foi possível graças a uma estreita colaboração da Câmara Municipal de Loulé com o Projecto ESTELA e com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Junta de Freguesia do Ameixial, da Junta de Freguesia de Benafim, da Junta de Freguesia de Salir, do Museu Municipal de Faro, da Direção Geral do Património Cultural e do Museu Nacional de Arqueologia.

 

No âmbito das Jornadas Europeias do Património foi realizado um percurso pedestre por terras da escrita do Sudoeste e da Idade do Ferro e uma visita guiada à exposição “Quem nos escreve desde a Serra”. 

 

Para além destas actividades, a escrita do Sudoeste foi divulgada como uma das imagens de marca da região nos vídeos promocionais do concelho de Loulé realizados pela Autarquia, integrou o ciclo de conferências “Arqueologia em Portugal no século XXI” (em conjunto com o sítio arqueológico de Mesas do Castelinho), promovido pela Academia das Ciências de Lisboa, e esteve “presente” na homenagem a Jürgen Untermann organizada pelo Museu Nacional de Arqueologia.

 

Com o objectivo de complementar a divulgação das actividades realizadas noticiadas no blog decidiu-se utilizar a plataforma Facebook como meio de desenvolver outra interactividade. Criada em Setembro, a página do Projecto ESTELA não só replica a divulgação do que é colocado no blog e das imagens associadas, mas também possibilita a partilha de outras notícias. Em menos de um mês chegou rapidamente às 500 pessoas, tendo esse número crescido gradualmente. Verificou-se que o alcance médio das mensagens foi de perto de 300 pessoas e nestas destacou-se a publicação com a imagem da estela com escrita do Sudoeste das Mesas do Castelinho que chegou a ser visualizada por quase 1900 pessoas.

 

Em 2014, esperamos a renovação do projecto de investigação científica tendo sempre presente o objectivo de contribuir para o conhecimento da Idade do Ferro. A continuação da campanha de escavação na Portela da Arca (Almodôvar) e talvez noutros sítios arqueológicos são as prioridades e serão realizadas numa estreita colaboração com as Autarquias de Almodôvar e Loulé.

 

A visão social do projecto não apenas se mantém, como ganha dia após dia mais espaço no Projecto ESTELA, através das exposições (itinerância das existentes ou com a criação de novas), das iniciativas ligadas ao Turismo de Natureza, entre outras acções que esperamos concretizar ligadas à educação e à inovação.

 

Desta forma, continuamos a ambicionar o fortalecimento de uma relação de identidade das pessoas com o seu património, criando as bases para que as estelas com escrita do Sudoeste, um dos maiores ícones da Idade do Ferro do Sul de Portugal, se assumam como uma imagem de marca da Serra do Algarve e do Baixo Alentejo.

 

Jornal Sul Informação ganha prémio da APOM

 

No dia 13 de Dezembro o jornal Sul Informação recebeu o prémio para Melhor Trabalho Jornalístico/ Media atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

 

Recorde-se que este jornal existe há pouco mais de dois anos e sempre teve uma particular atenção aos temas ligados à Cultura, ao Património e aos Museus, reunindo assim um vasto conjunto de trabalhos. É no âmbito desta divulgação que foram realizadas dez reportagens sobre as actividades do Projecto ESTELA, nomeadamente as que foram desenvolvidas com o Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar, que foi premiado com uma menção honrosa da APOM para Melhor Trabalho de Museografia em 2012 e com o Museu Municipal de Loulé, sobre a Exposição «Quem nos escreve desde a Serra» e em cada uma das inaugurações: em Salir, na Penina – Benafim e no Ameixial.

 

Para além destas reportagens associadas às estruturas museológicas com quem o Projecto ESTELA tem desenvolvido estreitas colaborações, os seus trabalhos arqueológicos na necrópole da Abóbada, no povoado da Portela da Arca em 2012 e 2013 e a divulgação pública desses resultados foram também sempre alvo de estimada atenção pela equipa do Sul Informação a quem congratulamos por esta merecida distinção.

 

Homenagem a Jürgen Untermann no Museu Nacional de Arqueologia

O Museu Nacional de Arqueologia vai organizar, amanhã dia 27 de Novembro pelas 18h, uma homenagem a Jürgen Untermann. Este investigador desenvolveu a sua investigação no domínio das escritas e das línguas paleo-hispânicas, nomeadamente sobre as escritas do Sudoeste da Hispânia, tendo reunido o repertório da documentação epigráfica existente na época e a sua rigorosa análise.

 

A homenagem a este epigrafista alemão de renome internacional vai contar com a presença de Pedro Marques que irá fazer uma sinopse biográfica e de Amílcar Guerra que apresenta uma conferência com o título "Jürgen Untermann e as línguas hispânicas".

 

Jürgen Untermann, se fosse vivo, completaria no passado dia 24 de Outubro 85 anos de idade tendo sido objecto de uma sentida homenagem por Amílcar Guerra aquando do seu falecimento no dia 07 de Fevereiro de 2013.

 

A sessão é de entrada livre e terá lugar no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia.

 

Inauguração da exposição “Quem nos escreve desde a Serra” no Ameixial

O terceiro e último dos lugares a receber a exposição de rua itinerante “Quem nos escreve desde a Serra” em 2013, dedicada às estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro na serra do Algarve, foi no Ameixial no dia 12 de Julho.

 

Dividida pela via principal da Aldeia, a EN2 que liga Faro a Chaves, antes da inauguração sentiu-se que os objectivos da exposição tinham sido atingidos: alguém lia pausadamente painel por painel, palavra por palavra, figura por figura, a mensagem que queríamos contar (incluindo mesmo legendas e medidas das peças).

 

 

 

A inauguração da exposição contou ainda com uma visita guiada à exposição e uma festa organizada pela população da Aldeia.

 

 

A visita culminou com a apresentação pública da réplica da estela com escrita do Sudoeste de Corte Pinheiro que agora integra a sala da Junta de Freguesia do Ameixial.

 

 

A exposição faz parte de uma colaboração da Câmara Municipal de Loulé com o Projeto ESTELA e conta com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Junta de Freguesia do Ameixial, da Junta de Freguesia de Benafim, da Junta de Freguesia de Salir, do Museu Municipal de Faro, da Direção Geral do Património Cultural e do Museu Nacional de Arqueologia.

A escrita do Sudoeste em vídeos promocionais do concelho de Loulé

 

 

A Câmara Municipal de Loulé no âmbito da divulgação do concelho, em particular do seu Património, tem incluído nos seus vídeos promocionais e como um das suas imagens de marca, a escrita do Sudoeste.

 

 

Acerca de um ano, no Vídeo Promocional sobre o Concelho de Loulé a escrita do Sudoeste é divulgada no contexto da descoberta (1.59’’) e exploração do concelho (8.10’’). Mais recentemente no vídeo Loulé Património Natural e Cultural 2013, a escrita do Sudoeste não só aparece dentro das actividades onde o Projecto ESTELA colaborou (3.10’’), mas também no capítulo da Cultura onde se destaca a exposição “Quem nos escreve desde a Serra” (3.42’’).

 

A escrita do Sudoeste e Mesas do Castelinho na Arqueologia em Portugal no século XXI

 

A Academia das Ciências de Lisboa organiza um ciclo de conferências dedicado à Arqueologia em Portugal no século XXI. Sob coordenação de João Luís Cardoso, o ciclo irá decorrer entre 4 de Novembro e 4 de Dezembro, nas instalações da Academia. 

Neste conjunto de palestras e visitas destacaríamos as de Carlos Fabião sobre as Mesas do Castelinho no dia 13 de Novembro e de Amílcar Guerra sobre a escrita do Sudoeste no dia 26 de Novembro. Ambas iniciam-se às 17h.
 

Inauguração da exposição “Quem nos escreve desde a Serra” na Penina

 

 

O segundo dos lugares a receber a exposição de rua itinerante “Quem nos escreve desde a Serra”, dedicada às estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro na serra do Algarve, foi a Penina - Benafim, no dia 10 de Junho.

 

 

 

Espalhada pela Aldeia, a inauguração da exposição foi acompanhada pela exibição do vídeo que revela o seu processo construtivo, desde a ideia à sua concretização, passando pelas pessoas envolvidas e os meios logísticos necessários, divulgando ainda alguns dos conteúdos da exposição.

 

 

 

 

A visita guiada à exposição incluiu ainda a apresentação pública da estela com escrita do Sudoeste de Barradas que esteve no “Mini-Museu” aí existente, bem como a reprodução de uma “conversa animada” na paragem de autocarro.

 

 

  

  

Espontaneamente a inauguração culminou com uma festa organizada pela população da Aldeia, onde se aproveitou para conversar sobre sítios arqueológicos e para algumas pessoas irem buscar e mostrarem os seus achados arqueológicos.

 

 

A exposição faz parte de uma colaboração da Câmara Municipal de Loulé com o Projeto ESTELA e conta com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, da Junta de Freguesia do Ameixial, da Junta de Freguesia de Benafim, da Junta de Freguesia de Salir, do Museu Municipal de Faro, da Direção Geral do Património Cultural e do Museu Nacional de Arqueologia.