sexta-feira, 24 de julho de 2015

Dia da Arqueologia no Museu Nacional de Arqueologia


No dia 24 de julho o Museu Nacional de Arqueologia associa-se novamente à celebração do Dia da Arqueologia, evento que conta na organização o Projecto ESTELA, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Direcção Geral do Património Cultural e o Projecto EUROVISION.
 

Esta celebração pretende revelar o trabalho realizado em arqueologia e o dia-a-dia da profissão de arqueólogo, contribuindo para que o público compreenda melhor a relevância e importância da arqueologia nos dias de hoje, na protecção do nosso passado e no conhecimento dos nossos futuros. A iniciativa é aberta a qualquer pessoa ou entidade interessada nesta ciência.

 
As actividades são gratuitas e iniciam-se pelas 15h com uma visita guiada às exposições “Quem nos escreve desde a Serra” e “Exposição evocativa de "A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e Cultura". 35 anos, 1980-2015”, visita que se repete pelas 17h30.
 

Entre ambas podem ser realizadas em qualquer altura as actividades infanto-juvenis como Cada estela, uma tela”, onde depois de uma explicação sobre o que são as estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro, se pode usar os signos da escrita e fazer a sua equivalência com as letras do seu nome ou palavras que se queira escrever. Podem-se ainda realizar jogos de memória e de correspondências relacionados com esta temática.
 

No final do dia, pelas 18h, serão apresentadas algumas das experiências digitais desenvolvidas para esta exposição.
 

As comemorações internacionais do “Dia da Arqueologia” contam com o apoio da NEARCH, do Council for British Archaeology, da Archaeology Data Service (ads), do British Museum, e da L–P: Archaeology.

 

domingo, 5 de julho de 2015

Instalação artística na exposição “Quem nos escreve desde a Serra” em Lisboa

 
A exposição de rua itinerante “Quem nos escreve desde a Serra”, dedicada às estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro, conforme anunciado, foi inaugurada no dia 30 de Maio, no Museu Nacional de Arqueologia.

 
 

No âmbito da inauguração foram reveladas as abordagens contemporâneas do tema pelos artistas plásticos El Menau e Ângela Menezes X 2MW collective, esta última responsável pela concepção e desenho do projecto escultórico que se encontra no relvado do Mosteiro dos Jerónimos.
 

A instalação que representa as vogais da escrita do Sudoeste (AEIOU), foi feita com ferro de obra e redes de pesca reutilizadas, não só complementa o conteúdo da exposição como cativa visualmente quem visita e transita naquele espaço. Esta pode ser vista a qualquer hora do dia, até dia 27 de Dezembro e revela múltiplas perspectivas conforme o visitante se desloca, havendo ainda uma metamorfose nocturna através da sua iluminação “retroiluminada”.


 

Esta instalação contou ainda com o precioso e dedicado contributo no trabalho de serralharia e montagem pelo Miguel Saudade e Humberto Rocha, o acompanhamento permanente de Isabel Inácio e a experiente supervisão administrativa e financeira de Fernando Real. De referir ainda que os materiais foram disponibilizados através da colaboração da Capitania do Porto de Setúbal e dos pescadores de Sesimbra, bem como a todo um enorme esforço protagonizado por amigos e conhecidos.

 
 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Inauguração da exposição “Quem nos escreve desde a Serra” em Lisboa


 

A exposição de rua itinerante “Quem nos escreve desde a Serra”, dedicada às estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro, conforme anunciado, foi inaugurada no dia 30 de Maio, no Museu Nacional de Arqueologia, onde ficará patente até 27 de Setembro.
 

Depois de circular no seu espaço de “origem” (Salir, Penina - Benafim e Ameixial) e de ter visitado o litoral do concelho de Loulé em Quarteira, chega agora ao Museu que conta com a maior colecção de estelas com escrita do Sudoeste e que se localiza num dos espaços privilegiados de Lisboa.

 

Entre a quase centena e meia de pessoas que estiveram na inauguração, contou-se com a presença do Director do Museu Nacional de Arqueologia - António Carvalho, da chefe de Divisão de Cultura e Património em representação da Câmara Municipal de Loulé - Dália Paulo, do especialista da escrita do Sudoeste - Amílcar Guerra, da artista plástica Ângela Menezes, bem como do vice-director da Direcção Geral do Património Cultural - Samuel Rêgo e do Director de Serviços dos Bens Culturais do Alentejo - João Pires, entre muitos outros.

 

No âmbito da inauguração foi revelada a abordagem contemporânea do tema pela artista plástica Ângela Menezes e a opção museográfica por detrás da evocação dos 35 anos da exposição "A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e cultura".

 

A inauguração contou ainda com a presença do Grupo Coral e Etnográfico Alentejano "Vozes do Campo Branco em Cascais", representados pelo Prof. José Colaço e com o apoio da Câmara Municipal de Cascais. A actuação de cante Alentejano no Museu Nacional de Arqueologia encerrou o vasto programa de iniciativas culturais a propósito da inauguração.

 
 
 
 

Agradecemos algumas das imagens gentilmente cedidas por Jorge Barros, Carlos Diniz e Carla Barroso.

 

 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Exposição V: “Quem nos Escreve desde a Serra”, inaugura em Lisboa


A exposição de arqueologia de rua itinerante sobre as estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro, organizada pelo Museu Nacional de Arqueologia da Direcção Geral do Património Cultural, pela Câmara Municipal de Loulé, pelo Projecto ESTELA, com a colaboração do Projecto EUROVISION, será inaugurada no exterior junto à entrada do Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa, às 21h00, no dia 30 de Maio de 2015, e estará patente ao público até ao dia 27 de Setembro.
 

A escrita do Sudoeste é a voz que nos aproxima dos pensamentos e modos de vida do passado, um dos mistérios e um dos maiores tesouros da arqueologia europeia, uma realidade arqueológica de cariz excecional, uma imagem de marca da serra que divide o Alentejo e o Algarve e um símbolo privilegiado da herança histórica da região. Ela é, afinal, a primeira manifestação, bem caracterizada, de escrita da Península Ibérica e uma das mais antigas da Europa e que está, ainda hoje, por decifrar.
 
 
No âmbito da inauguração desta exposição, no interior do Museu, também haverá uma evocação dos 35 anos da exposição "A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e cultura", então organizada por Caetano de Mello Beirão e Mário Varela Gomes, inaugurada em 1980 neste Museu. Exposição que, por um lado, reuniu o maior conjunto de estelas e as relacionava com os sítios arqueológicos, tendo servido de base a importantes estudos sobre os problemas e o sistema desta escrita. E por outro, apresentou alguns dos objectos mais emblemáticos ligados à investigação sobre a escrita do Sudoeste e à Idade do Ferro que hoje se encontram depositados no Museu Nacional de Arqueologia.

 

No relvado do Mosteiro dos Jerónimos ainda terá lugar uma abordagem contemporânea do tema pelos artistas plásticos El Menau e Ângela Menezes, através da apresentação de uma pintura mural sobre o tema e de uma instalação contemporânea.
 

Durante os meses de exibição da exposição haverá lugar a um extenso plano de actividades onde se incluem a apresentação da exposição no Programa “Encontros com o Património” da estação de rádio TSF, da apresentação de um documentário sobre a evolução que houve sobre esta temática, um concurso literário, um ciclo de debate cientifico sobre o tema, a apresentação de uma estela com escrita do Sudoeste, um workshop de conservação e restauro, visitas guiadas, regulares e diversificadas actividades infanto-juvenis, entre muitas outras. 
 

 

Depois de ter estado patente ao público em Salir, Penina (Benafim), Ameixial e Quarteira no concelho de Loulé, visita agora Lisboa.
 

 



quinta-feira, 21 de maio de 2015

A estela do Monte Novo do Visconde no MESA


 
Na próxima sexta-feira - dia 22 - a estela do Monte Novo do Visconde passa a integrar a exposição do Museu da escrita do sudoeste de Almodôvar (MESA). A última vez que esteve exposta fora em 1980 no Museu Nacional de Arqueologia na Exposição “A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e cultura” que fará em novembro de este ano 35 anos.
 
Trata-se de um achado isolado recolhido junto de Casével (Castro Verde) e depositada na Câmara Municipal de Ourique, de onde transitou nos últimos anos para o Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão. De acordo com informações recentes recolhidas pelo Projecto ESTELA, a sua descoberta em finais dos anos 70 terá proveniência nas proximidades do Monte Novo do Visconde, junto ao Monte da Preguiça/Monte da Ribeira, hoje ruínas nas margens da Ribeira dos Aivados. A sua associação a uma necrópole (CNS 6996) decorreu após a realização de uma “limpeza” e de uma sondagem de que apenas temos conhecimento de alguns fragmentos cerâmicos de pastas enquadráveis na Idade do Ferro, mas onde também ocorrem materiais medievais.
 
O monumento epigráfico (Beirão, 1986 e Correia, 1997: estela nº 60; Untermann, 1997: J.23.1) corresponde a uma estela de grauvaque de cor cinzenta por 0,95x0,345x0,22m, e é junto com as estelas de Gavião (Aljustrel) e do Cerro dos Enforcados (Panoias), um dos exemplares mais a Norte do conjunto das estelas epigrafadas do Sudoeste.
 
A recentemente abandonada linha férrea de Funcheira (Garvão) a Beja, sobranceira ao local do achado da estela do Monte Novo do Visconde, assinala essa linha de comunicação natural entre o ondulado da região do Alto Sado e a planície mais interior. A primeira marcada que foi pelas estelas que Caetano de Mello Beirão recolheu na década de 70 na região, como sejam nos sítios hoje submersos pela Barragem do Monte da Rocha e a escassa distância de Casével, como Fonte Santa ou Chada; a segunda região em torno de Beja, destacada nos últimos anos por um assinalável mundo funerário sidérico onde acentuaríamos, ao invés, a ausência de epigrafia.
 
No dia 22 uma breve apresentação da estela será feita por Samuel Melro (Projecto ESTELA / DRCALEN) e Amílcar Guerra (Universidade de Lisboa) no MESA.