segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Prémio APOM 2011 para “A vida e a morte na Idade do Ferro” do MESA

A exposição do Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar – “A vida e a morte na Idade do Ferro” recebeu uma Menção Honrosa dos prémios da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) na categoria de Melhor Trabalho de Museografia.



A exposição resultou dos trabalhos desenvolvidos pelo Projecto ESTELA, responsáveis pela respectiva produção de conteúdos e do catálogo, promovida pela Câmara Municipal de Almodôvar, num projecto museológico e museográfico da Arqueohoje.

Os Prémios APOM tem como objectivo “incentivar e premiar a imaginação e a criatividade dos Museólogos portugueses e o seu contributo efectivo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal, sendo também uma forma de dar visibilidade ao que de melhor se faz no âmbito da museologia” homenageando “o excelente trabalho que os museus e os seus profissionais desenvolveram ao longo” do ano. A cerimónia de entrega dos Prémios 2011 decorreu no dia 12 de Dezembro no auditório do BES Arte e Finança em Lisboa.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

9º Encontro de Arqueologia do Algarve


Começa hoje o 9º Encontro de Arqueologia do Algarve que decorre até ao dia 22 de Outubro, na Fissul em Silves.

O projecto Estela participa no encontro com o poster "Projecto ESTELA: uma revisão das estelas com escrita do Sudoeste e vestígios proto-históricos na serra do concelho de Loulé" (Pedro Barros, Samuel Melro e Susana Estrela).

RESUMO:

Os trabalhos arqueológicos do Projecto Estela desenvolvidas durante os anos de 2010 – 2011 pretenderam rever os dados existentes (contextos, sítios, estelas, materiais), partindo de uma investigação dos dados dos trabalhos já realizados (levantamento documental, estudo de colecções em depósito) e da verificação desses dados no terreno (prospecções). O objectivo é a problematização da ocupação Proto-histórica nas freguesias serranas de Loulé, dentro do contexto geográfico e paisagístico que marca a região, com um particular ênfase sobre a temática das estelas da Idade do Ferro com escrita do Sudoeste.

O conjunto de dados disponíveis e agora coligidos para reconstituir a vivência humana ao longo do I milénio a.C. comporta sobretudo vestígios em torno do mundo funerário e muito poucos acerca dos povoados. As inúmeras limitações existentes condicionaram leituras mais concretas nesta área, no entanto, os trabalhos arqueológicos permitiram ilustrar de forma mais completa a complexidade das temáticas em torno da ocupação da Idade do Bronze, da distribuição das necrópoles da Idade do Ferro, das estelas com escrita do Sudoeste e da organização do território antes da ocupação de época romana.

Com estes dados espera-se contribuir, através de um espaço museológico como o Museu Municipal de Arqueologia de Loulé, para a criação de acções que conjuguem a investigação e a valorização, a divulgação, a educação e a fruição das paisagens culturais, e desta forma fortalecer uma relação de identidade das pessoas com o património.

III Jornadas do Património de Ferreira do Alentejo


Vão realizar-se, no âmbito das comemorações do 7º aniversário do Museu Muncipal de Ferreira do Alentejo, as III Jornadas do Património, dedicadas ao tema "Museus em destaque: exemplos do Distrito de Beja", nos dias 21 e 22 de Outubro de 2011.

É nesse âmbito apresentado por Rui Cortes e Rui Santana (Câmara Municipal de Almodôvar) a comunicação "Museu da Escrita do Sudoeste Almodôvar - quatro anos de actividade".

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Divulgando o património como identidade de Almodôvar


Decorreu no passado fim-de-semana uma série de actividades promovidas pela Autarquia de Almodôvar, que reflectem uma aposta e estratégia do município na afirmação do seu património arqueológico como porta de entrada à descoberta de uma herança e de uma paisagem assumida como o antigo território da escrita do Sudoeste.


Como foi referido pelo seu presidente da Câmara Municipal, na apresentação do Guia de Almodôvar (uma amostra do mesmo pode ser vista em Naturterra), a escrita do Sudoeste e o património arqueológico “estão «em destaque» (…), porque tornaram-se «o epicentro e marcas da identidade» do concelho e têm «uma ênfase particular na estratégia de desenvolvimento e de promoção» de Almodôvar” (notícia).

António Sebastião, reforçou a ideia de que “o património é um elemento fundamental da estratégia de desenvolvimento do concelho de Almodôvar” para poder “atrair visitantes, criar empregos”, onde a Autarquia através de um “investimento que valoriza o nosso concelho e cria condições para a sua sustentabilidade futura”. Estas palavras ocorreram durante a apresentação dos resultados de dois anos de escavações na necrópole da Idade do Ferro da Abóbada, conforme é notícia no novo jornal da região do Algarve e Baixo Alentejo: Sulinformação.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Necrópole da Abóbada da Idade do Ferro: Trabalhos Arqueológicos 2010/2011


No próximo dia 24 Setembro em Almodôvar (Salão Nobre dos Paços do Concelho de Almodôvar) pelas 18:30h, no âmbito da programação das Jornadas Europeias do Património 2011, tem lugar a apresentação dos resultados das campanhas arqueológicas de 2010 e 2011 realizadas na necrópole da Idade do Ferro da Abóbada e da ponta de lança da Idade do Ferro, por Samuel Melro, Pedro Barros e David Gonçalves.


A escavação arqueológica na necrópole da Idade do Ferro da Abóbada (Aldeia dos Fernandes, Almodôvar) decorre do Projecto ESTELA, o qual após a realização de trabalhos de prospecção arqueológica escolheu-o como o primeiro dos lugares a ser intervencionado. Essa escolha teve como objectivo principal o esclarecimento e caracterização do local de proveniência da estela I da Abóbada. Achada em trabalhos agrícolas em 1972 e apelidada como “Estela do Guerreiro”, precisamente por representar ao centro da inscrição com escrita do Sudoeste uma figura humana interpretada como um guerreiro. A descoberta despertou, a nível peninsular, desde então e até à actualidade um enorme interesse pela excepcionalidade da associação entre a escrita e a representação humana. Porém o local da descoberta fora apenas alvo de um breve registo aquando da sua descoberta, com uma notícia preliminar realizada por Manuela Alves Dias e Luis Coelho sem nunca ter sido devidamente intervencionado. Assim, não só era necessário esclarecer cientificamente o contexto deste sítio arqueológico (cronologia, tipo de estruturas, documentar os rituais funerários, etc.), mas igualmente recolher dados para poder contar ao visitante do MESA, a história por detrás daquela figura apelidada de “guerreiro” que é hoje o símbolo deste núcleo museológico.


Os trabalhos arqueológicos realizados em 2010 e 2011 voltaram ao sítio da descoberta da estela I da Abóbada, 38 anos depois. Nestes últimos dois anos, as escavações conduzidas pelos arqueólogos Samuel Melro e Pedro Barros e pelo antropólogo físico David Gonçalves, com o apoio da Câmara Municipal de Almodôvar e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, permitiram registar com precisão não apenas o local exacto onde se tinha encontrado a estela, que cobria uma urna que conteria uma cremação, como também observar – apesar de ter sido alvo de uma grande destruição causada pela lavra mecânica – a presença de outros dois monumentos funerários (estruturas quadrangulares) e de outras sepulturas em fossa simples (covachos rectangulares abertos no substrato geológico) com deposição secundária das cremações, contribuindo assim para o conhecimento das realidades e práticas funerárias da Idade do Ferro.

Nesse cenário, pautado pela ausência de espólio, uma das poucas excepções a essa regra, foi a recolha de uma ponta de lança, que depois de restaurada é também apresentada publicamente e integrada na exposição “A Vida e a Morte na Idade do Ferro” patente no MESA.

Neste mesmo dia, pelas 21h, Amílcar Guerra apresenta a estela epigrafada com escrita do Sudoeste do Monte Gordo (Rosário).

Guia do Concelho de Almodôvar – Território da Antiga Escrita do Sudoeste


“Visitar Almodôvar, descobrir, ouvir e sentir o seu território, é um convite aliciante e indeclinável. Situado na transição entre o Alentejo e o Algarve, entre a planície e a serra, o Concelho de Almodôvar congrega em si uma espiritualidade ímpar, resultado da diversidade de paisagens e de espécies animais e vegetais que acolhe. Mas Almodôvar é muito mais que uma bonita paisagem: tem alma e história, tão antiga como preciosa.
Ocupada pelo Homem desde o Neolítico, aqui se encontram alguns dos mais importantes achados arqueológicos da história, atestando a centralidade que, desde sempre, o Concelho teve. Entre os tesouros almodovarenses encontram-se importantes e raros achados epigrafados com escrita do sudoeste que nos permitem recuar 2500 anos, à Idade do Ferro, um tempo em que a palavra era de pedra; e também o não menos importante sítio arqueológico das Mesas do Castelinho, aglomerado populacional que se afirmou, desde a II Idade do Ferro, como um dos mais influentes a sul do Tejo.
Almodôvar foi sempre (e de certa forma continua a ser) uma terra de fronteira. Não admira por isso que Almodôvar tivesse sido, ao longo de séculos, a última paragem antes da dura travessia da Serra do Caldeirão, a natural fronteira que sempre separou este Concelho dos aglomerados populacionais algarvios. Actualmente, devido à facilitação da jornada, já não é necessário pernoitar antes de cruzar a Serra no dia seguinte, mas a paragem mantém-se obrigatória para que se possam conhecer as marcas que construíram a identidade de Almodôvar no passado e perduram no presente. Almodôvar traz consigo as lembranças de outros tempos, memórias que o povo cultiva e não deixa esquecer”

São estas as palavras do Autarca de Almodôvar António Sebastião que abrem o “Guia do Concelho de Almodôvar – Território da Antiga Escrita do Sudoeste”, uma edição da Câmara Municipal de Almodôvar, resultado de uma Produção da NATURTERRA, com a coordenação editorial de David Travassos, que irá ser apresentado no dia 23 de Setembro, pelas 21h, na Biblioteca Municipal de Almodôvar.

A escrita do Sudoeste e o património arqueológico assumem particular relevo, como marca de identidade e promoção de Almodôvar. É possível agora aceder a um guia de percursos pedestres, de bicicleta e de automóvel, introduzidos por textos de enquadramento da paisagem, da flora, da fauna, da história e do património do concelho. Nestes capítulos participou Samuel Melro, cumprindo assim os objectivos do Projecto ESTELA na valorização da temática arqueológica, com vista ao seu usufruto público e generalizado de todos os interessados. A partir daqui sai reforçado o convite para a descoberta deste que é o antigo Território da Antiga Escrita do Sudoeste…

Lançamento das Actas do Encontro “Arqueologia e Autarquias”

Integrado nas comemorações das Jornadas Europeias do Património de 2011 (programa), cujo tema é “Património e Paisagem Urbana”, terá lugar no dia 24 de Setembro, pelas 16h locais, no Auditório do Centro Cultural de Cascais, a Mesa Redonda sobre “Arqueologia e Autarquias”.


No final deste evento, numa edição conjunta da Associação Profissional de Arqueólogos e da Câmara Municipal de Cascais, será lançado o livro com as Actas do Encontro “Arqueologia e Autarquias”, realizado em 2008 em Cascais, e no qual o Projecto ESTELA tem com uma participação: “Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar: do museu para o território”, de Samuel Melro, Pedro Barros e Rui Cortes.


Resumo:

“O Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA), criado em 2007, capitaliza um dos maiores ícones da Idade do Ferro do Sudoeste Peninsular – as estelas com Escrita do Sudoeste. Um núcleo museológico que reflecte a preocupação com uma identidade local reconhecida pela Autarquia de Almodôvar num património arqueológico, do qual o concelho é, de certa forma, um dos epicentros.
Consequentemente, a necessidade de proceder à disposição da informação sobre esta temática e da sua expressão no concelho levou ao desenvolvimento do projecto Estela – Sistematização da
Informação das Estelas com Escrita do Sudoeste, cujos principais pressupostos são expostos. Este permitirá, através da caracterização dos contextos e território dos sítios arqueológicos no concelho de Almodôvar, a revisão e produção de conhecimentos sobre a sociedade que ai habitou, e que numa das suas fases, durante os meados do 1º milénio a.C., foi um local central da primeira região peninsular com escrita.
O seu enquadramento no MESA é determinante naquele que é o seu objectivo último: transpor o conhecimento científico adquirido para um território físico e humano, ou seja, transpor o Museu para o Território.
Assumindo-se o turismo como um agente que se pretende dinamizador das regiões interiores, é também necessário equacioná-lo na promoção do património cultural. Este poderá vir a passar pela salvaguarda, valorização e fruição futura de sítios arqueológicos e paisagens culturais associadas, e que seja sustentada, antes de mais, por uma estratégia de Educação Patrimonial para as populações que as envolva.”

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Visita ao MESA e às escavações da Necrópole da Abóbada

No âmbito das escavações arqueológicas das Mesas do Castelinho e da Necrópole da Abóbada, no dia 29 de Julho vão ser realizadas visitas às exposições que se encontram expostas no Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA) e ao sítio arqueológico da necrópole da idade do Ferro.


Às 18h será realizada a visita à necrópole da Idade do Ferro do Monte da Abóbada, esta tem como ponto de encontro a Igreja de Gomes Aires (Almodôvar) e será realizada pelos arqueólogos Samuel Melro e Pedro Barros.

Às 21h00 visitam-se as exposições no Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar: “Almodôvar território emescrita” e “Vida e Morte na Idade do Ferro” e serão guiadas por Amílcar Guerra, Samuel Melro e Pedro Barros.

Estas visitas contam com o apoio e organização da Câmara Municipal de Almodôvar e com a colaboração da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UNIARQ).

terça-feira, 5 de julho de 2011

Necrópole da Abóbada: 2ª campanha de escavação

No âmbito do Projecto Estela, um dos trabalhos planeados para o Verão de 2011 é a continuação da intervenção na Necrópole da Abóbada, no concelho de Almodôvar.


Com o apoio logístico da Câmara Municipal de Almodôvar e com a colaboração da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, os trabalhos da 2ª campanha de escavação irão decorrer até ao final de Julho. Na mesma altura decorrem os trabalhos no povoado das Mesas do Castelinho sob coordenação dos Prof. Dr. Carlos Fabião e Amílcar Guerra (UNIARQ).

Numa lógica de quase continuidade com os pressupostos enunciados na 1ª campanha, os objectivos genéricos prosseguem, nomeadamente a caracterização do sítio arqueológico, o esclarecimento do contexto de origem da estela I e contribuir para o conhecimento das realidades funerárias da Idade do Ferro

De forma mais específica para esta campanha, existe o objectivo de concluir a escavação da Estrutura Tumular 2, finalizar a área Sul e avaliar a escavação da área Este.

Os trabalhos dirigidos pelos arqueólogos Samuel Melro e Pedro Barros e directamente assistidos no terreno pelo antropólogo David Gonçalves, cuja área de especialização resulta precisamente neste tipo de realidades.

Podem ser feitas marcações para visitas acompanhadas ao sítio e às escavações, da parte da manhã de 2ª a Sábado, através dos números: 964007086 e 962736461.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Reportagem sobre os trabalhos do Projecto ESTELA no concelho de Loulé

aqui anteriormente noticiámos a participação do Projecto ESTELA no Dia Internacional dos Museus “Museus e Memória – os objectos contam a sua história” que decorreu no Museu Municipal de Arqueologia de Loulé, no dia 18 de Maio pelas 18h locais, com a apresentação dos trabalhos realizados pelo Projecto ESTELA no concelho de Loulé e que aqui já se deu notícia em duas ocasiões: no seu inicio das prospecções e sobre a notícia de publicação de um artigo na próxima Revista do Arquivo Histórico Municipal de Loulé - Al-'ulyã.



Com o objectivo de divulgar os trabalhos efectuados, para um público não especializado, esta conferência foi objecto de uma reportagem vídeo realizada pela Câmara Municipal de Loulé, e que aqui pode ser vista.

Gostaríamos de agradecer o convite e a amabilidade com que fomos recebidos pelos serviços do Museu Municipal de Arqueologia de Loulé.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Propostas em torno das Escritas e dos Museus

O Município de Almodôvar promove entre 14 e 18 de Maio uma série de iniciativas, das quais destacamos:

16 de Maio, 15.00: Workshop Património e Museus de Almodôvar, destinado a empresários da Hotelaria e
Restauração (Museu Severo Portela).

17 de Maio, 18.00: II Encontros sobre História das Escritas (Biblioteca Municipal de Almodôvar), Conferências:

O Próximo Oriente: Dos sistemas antigos à escrita árabe, pelo Prof. Doutor José Augusto Ramos (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).

A Escrita na Índia: uma perspectiva histórica, pelo Mestre Shiv Kumar Singh (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Moderador: Prof. Doutor Amílcar Guerra (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

18 de Maio, 21.00: Tertúlia no Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (Museu aberto até às 24h)
Arqueologia e museus no século XXI. Oradores: Prof. Doutor João Carlos Brigiola (Director do Instituto Português de Museus), Prof. Doutor Carlos Fabião (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), Mestre Rui Parreira (Direcção Regional de Cultura do Algarve R).


A anteriormente anunciada conversa em torno do Projecto ESTELA, em Almodôvar, é adiada para o mês de Julho, altura em que são retomadas as escavações na necrópole da Abóbada.

Aproveitamos ainda para divulgar que no dia 21 de Maio de 2011 os “Percursos de Roda Pé” da Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura e a Terra Plena, Território e Turismo, propõem uma visita guiada pelo Castelo de Moura, a cargo do Arqueólogo José Valente. Neste percurso será visitado o local onde foi encontrado o recente fragmento com caracteres da escrita do Sudoeste (mais informações aqui).

terça-feira, 3 de maio de 2011

Apresentações do Projecto ESTELA no âmbito do Dia Internacional dos Museus


Integrado nas comemorações do Dia Internacional dos Museus “Museus e Memória – os objectos contam a sua história” terá lugar no dia 18 de Maio, pelas 18h locais, uma conferência do Projecto ESTELA sobre os trabalhos realizados no concelho de Loulé e que aqui já se deu notícia em duas ocasiões; no inicio das prospecções e na noticia de publicação de um artigo na próxima Revista do Arquivo Histórico Municipal de Loulé - Al-'ulyã.

Estas conferências são de divulgação, para um público não especializado e em estreita colaboração com o Museu Municipal de Arqueologia de Loulé. Este conta na sua exposição permanente com 4 exemplares das estelas com escrita do Sudoeste.

No dia seguinte, dia 19 de Maio, irá ainda ter lugar uma apresentação pública do Projecto ESTELA em Almodôvar, igualmente dirigida ao público em geral, num conjunto de iniciativas promovidas pelo Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar, e que em breve aqui anunciaremos.

Visita arqueológica ao concelho de Almodôvar


No âmbito dos objectivos do Projecto ESTELA de transpor o conhecimento científico adquirido para um território físico e humano (o Museu para o Território), e promover a valorização e fruição de sítios arqueológicos e paisagens culturais, associadas ao turismo como agente dinamizador das regiões interiores, é com grande satisfação que a pedido da Associação Arqueológica do Algarve será realizada, durante o mês de Maio, a visita a alguns dos locais alvo dos nossos trabalhos, bem como ao sítio classificado das Mesas do Castelinho (onde foi encontrada uma das estelas com escrita do Sudoeste) e ao Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (vídeo promocional e reportagem na RTP) e onde se encontra a exposição: Vida e Morte na Idade do Ferro.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Participação no Encontro sobre a Idade do Ferro no Sul de Portugal


aqui anteriormente noticiámos a participação do Projecto ESTELA no Encontro sobre a Idade do Ferro no Sul de Portugal, dedicado ao tema “Em torno da escrita do Sudoeste” que se realizou no dia 26 de Março na Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP), no Museu Arqueológico do Carmo (Lisboa).


Resultou o mesmo, no nosso entender, num sucesso. Uma oportunidade que permitiu não apenas ouvir numa sala lotada um conjunto de apresentações em torno das questões linguísticas e arqueológicas, como também a oportunidade de debater alguns dos principais aspectos desta temática e de se expor as várias interpretações levantadas.


À Secção de História da Associação, aos nossos colegas comunicantes e aos muitos que aí se deslocaram fica o nosso agradecimento.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Encontros sobre a Idade do Ferro no Sul de Portugal: em torno da escrita do Sudoeste


Dentro do ciclo de conferências da Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses, no Museu Arqueológico do Carmo (Lisboa), terá lugar no dia 26 de Março a partir das 15h, o que se espera ser o primeiro dos Encontros sobre a Idade do Ferro no Sul de Portugal, dedicado ao tema “Em torno da escrita do Sudoeste” onde o Projecto ESTELA participa conforme programa:

- 15h00m - "A escrita do Sudoeste Peninsular. Fundamentos para a sua compreensão" - Mário Varela Gomes

- 15h30m - "Escrita do sudoeste: origem e problemas de decifração" - Miguel Valério

- 16h00m - "Contributos do Projecto ESTELA para a investigação da escrita do Sudoeste" - Amílcar Guerra, Samuel Melro e Pedro Barros

- 16h30m - " 'Ferro de Ourique': necrópoles na paisagem ou paisagem de necrópoles?" - Jorge Vilhena

- 17h00m - "Necrópole do Pardieiro: resultados da escavação de 2008-2009" - Virgílio Hipólito Correia e Jorge Vilhena

- 17h30m - Debate e conclusões

terça-feira, 15 de março de 2011

Conferência no Museo Arqueológico Provincial de Badajoz


aqui anteriormente noticiámos a participação do Projecto ESTELA dentro do ciclo de conferências do primeiro semestre de 2011 do Museo Arqueológico Provincial de Badajoz que teve lugar no dia 5 de Março pelas 11h30m locais, com a apresentação da conferência: “A escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro no Sul de Portugal”.


Resumo:

O Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA) criado em 2007 em torno de um dos maiores ícones da Idade do Ferro do Sul de Portugal (Baixo Alentejo/Algarve) – as estelas com escrita do Sudoeste – reflecte a preocupação em valorizar este património arqueológico.
O espaço geográfico do fenómeno da Escrita do Sudoeste, que se estende entre a Extremadura (Espanha) e o Algarve (Portugal), conta com uma maior concentração, entre um agrupamento no barrocal algarvio, e um interior alentejano no Alto Mira e Alto Sado, observando-se ainda nas serras de Mú e Caldeirão, um importante conjunto localizado na transição do Alentejo e do Algarve, cuja centralidade na dispersão das estelas epigrafadas não será displicente.
A discussão dos modelos explicativos da chamada I Idade do Ferro é objecto de debate, onde o problema da cronologia é perspectivado a dois níveis num evidente desequilíbrio: a componente epigráfica e linguística e a componente arqueológica. Uma vez constatado o reiterado cariz de reutilizações tardias das estelas, isto é da sua relação secundária com as necrópoles, verifica-se um desencontro temporal entre a cultura material conhecida no registo arqueológico, essencialmente a partir do século VI a.C., e algumas propostas que sugerem uma datação mais recuada atribuída à escrita do Sudoeste.
Esta manifestação epigráfica, conhecida como “escrita tartéssica”, corresponde a realidade material cujos vestígios se dispersam pelo Sudoeste Peninsular, razão pela qual me parece adequada designá-la também como “escrita do Sudoeste”. Os documentos até ao momento identificados, que rondam aproximadamente uma centena, representam a mais antiga escrita local documentada na Península Ibérica. A cronologia do fenómeno e em especial a das suas manifestações mais precoces é bastante discutida, situando-se, de qualquer modo, no âmbito da chamada I Idade do Ferro.
Reconhece-se no sistema de signos então criado uma dependência directa do alfabeto fenício (com eventuais contributos de outra origem, segundo algumas propostas), o qual servir de base a um semi-silabário hispânico. Embora se conheça um elenco dos seus caracteres, em número de 27, através de um documento proveniente da localidade alentejana de Espanca (Castro Verde), a contabilidade do conjunto de signos é superior, o que amplia as incertezas originárias a respeito do valor fonético de todos os grafemas. Esta dificuldade parece acentuar-se com alguns novos achados em que ocorrem novas formas de alguns signos. Sem resolver esta questão, o projecto ESTELA procurará contribuir para uma análise do sistema e das suas variantes.
A natureza fragmentária de muitos dos monumentos epigráficos, o facto de os textos serem bastante breves (o mais extenso ultrapassa em pouco os 80 caracteres) e a inexistência de textos bilingues são algumas das razões pelas quais continua a considerar-se enigmático o significado destes textos. Assinala-se, todavia, a recente proposta da sua vinculação a uma língua céltica, proposta que contraria a sua tradicional interpretação como uma língua não-indoeuropeia desta região meridional.
A necessidade de pôr à disposição de todos informação sobre esta temática e a sua expressão, resultou no projecto ESTELA – Sistematização da Informação das Estelas com Escrita do Sudoeste. Através da caracterização dos contextos arqueológicos (apoiada em reconhecimentos no terreno, no estudo de colecções e na documentação de museus) pretende-se contribuir para a revisão dos conhecimentos sobre uma sociedade que produziu esses monumentos, tentando compreender as directas relações entre espaço habitacional, o mundo funerário e as inscrições e fornecer mais dados para a explicação desta cultura. Não se pretende deslindar o que nos querem transmitir, mas sim tentar compreender quem nos quer transmitir.
O projecto procura ainda conjugar a salvaguarda, a valorização, a educação e a fruição das paisagens culturais. A sistematização da informação arqueológica irá permitir a sua dinamização e gestão sustentada, o planeamento das actividades museológicas e o desenvolvimento de parcerias, mas sobretudo transpor um Museu para o Território como reflexo e reconhecimento deste elemento de originalidade, factor de diferenciação e afirmação da identidade, memória histórica da primeira região com escrita no contexto peninsular.

Gostaríamos de agradecer o convite e a amabilidade com que fomos recebidos pelo Director do Museu: Manuel de Alvarado.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Artigo na revista Al-'ulyã

No próximo número da Revista do Arquivo Histórico Municipal de Loulé - Al-'ulyã, em colaboração com o Museu Municipal de Arqueologia de Loulé, o Projecto ESTELA apresenta um artigo:


As Estelas com escrita do Sudoeste do concelho de Loulé
(Pedro Barros, Samuel Melro e Susana Estrela)



Resumo:

O Projecto ESTELA tem como objectivo sistematizar a informação e caracterizar os contextos arqueológicos sobre a sociedade que produziu esses monumentos, tentando contribuir para a compreensão das relações entre espaço habitacional, o mundo funerário e as inscrições.
Na revisão da contextualização histórica das estelas com escrita do Sudoeste a importância da região algarvia neste fenómeno surge a vários níveis. Por ter sido precisamente um dos primeiros locais, no actual território português, onde estes monumentos foram identificados em associação a contextos arqueológicos conhecidos, em particular, as Serras de Mú e do Caldeirão, na fronteira diluída entre o Algarve e o Baixo Alentejo. Para a centralidade deste importante conjunto, na dispersão das estelas epigrafadas no sul de Portugal, nomeadamente junto dos actuais limites dos concelhos de Loulé e Almodôvar, não lhe será displicente uma associação a importantes cursos de água, pontos-chave para a compreensão deste território com escrita. No presente artigo é feita a sistematização de todas as estelas do actual concelho de Loulé, propondo a distribuição das mesmas em dois grandes conjuntos: o do Ameixial e o de Benafim/ Salir. Entre outras menções a estelas hoje desaparecidas, é ainda esclarecida o local de proveniência da estela referenciada como Tavilhão I (Almodôvar), como equivalente à estela recolhida no Monte da Portela (Loulé)

Estela do Monte da Portela
(a partir de Vasconcellos, 1934; Beirão, 1986; Untermann, 1997; fotografia de Hélio Ramos)


Bibliografia:

BEIRÃO, C. de M. (1986) – Une civilization protohistorique du Sud du Portugal (1er Age du Fer), Paris, De Boccard.

UNTERMANN, J. (1997) – Monumenta Linguarum Hispanicarum. Die tartessischen, keltiberischen und lusitanischen Inschriften,.Wiesbaden, 4, Dr. Ludwig Reichert Verlag.

VASCONCELLOS, J. L. de (1934) – Inscrição ibérica do Algarve. Revista de Arqueologia, II: 43-44.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mesas do Castelinho

O ênfase dado ao sítio em teses de Mestrado que recentemente anunciámos, tornam a ocasião propícia a recordar a descoberta da estela das Mesas do Castelinho em 2008, na 20ª campanha de escavações.


A designação do sítio decorre da sua localização sobre duas plataformas amesetadas sobranceiras à Ribeira de Mora e pese uma primeira notícia (Vasconcellos, 1931-1933: 243), vem a ganhar destaque na comunidade científica, após uma incursão de Abel Viana, Octávio da Veiga Ferreira e do Padre António Serralheiro, em meados dos anos 50 do século XX (Viana et alii, 1956, p. 461-470), sendo alvo de breves menções sobre cerâmicas “estampilhada” (Arnaud e Gamito, 1974-1977, p. 195) ou a suposta presença de cerâmica do Bronze do Sudoeste (Schubart, 1975, p. 287).Uma busca desenfreada a um tesouro em 1986, promoveu a reviravolta nesta história, após a descoberta do tesouro ganhar contornos de pesadelo, com uma máquina retroescavadora a destruir uma considerável parte do povoado, levando à tomada de medidas preventivas por Carlos Jorge Ferreira (IPPC) (Ferreira, 1992; 1994). Após o seu malogrado falecimento, a tutela solicita a Amílcar Guerra e Carlos Fabião um projecto de investigação e salvaguarda do sítio, o qual desde 1988 congrega a investigação científica, a formação técnica de estudantes de Arqueologia e a criação de pólos de desenvolvimento local (Fabião e Guerra, 2008: 94). Em 1990 o sítio é classificado e aguarda ainda hoje a devida e merecida valorização.

Na plataforma A (ou superior) são visíveis os vestígios associados à fortificação omíada e um complexo de construções de época romana republicana, do séc. I a.C., sobreposto a níveis da Idade do Ferro, datados de entre os finais do séc. V e o séc. II a.C., como parte da muralha sidérica que define o povoado, à qual se apoiam compartimentos de cariz habitacional e oficinal. Na plataforma B (ou inferior) observava-se no inicio uma sequência desde a Idade do Ferro, com a identificação de um troço da fortificação, até a fase romana republicana e alguns vestígios romanos imperiais. As primeiras escavações deram conta dos vestígios medievais – islâmicos (em silos/fossas), romanos imperiais (mas mais uma vez, sem relação a momentos de ocupação conservados) e compartimentos romanos republicanos em bom estado de conservação, construídos por cima da fortificação sidérica e dos espaços que, pelo interior, se conjugavam com aquela linha de muralha. Com o alargamento dos trabalhos para o seu limite oriental, é posto a descoberto um complexo arquitectónico de fase romana imperial que prolongava até o séc. II d.C. a ocupação do espaço interior da plataforma B, iniciada na fase romana republicana, duzentos anos antes, com um urbanismo ímpar. Esta fase mostrava-se nas três ruas identificadas associadas a três quarteirões com blocos construtivos de tipologia e funcionalidades distintas.


Ao mesmo tempo, confirmava-se a ausência de construções da fase da Idade do Ferro, apesar da significativa quantidade de materiais arqueológicos desta cronologia identificados não só nas Ruas 1 e 3 mas também no designado 2º Quarteirão. É deste extenso espólio que faz parte a estela descoberta em 2008. O extraordinário achado fez-se, no entanto, fora do seu contexto original de utilização, num aterro de época romana-republicana.

No final da 19ª campanha, em 2007, tinha ficado preparada a escavação de um depósito de aterro na Rua 1, no qual, no seu topo, era possível observar um bloco achatado de xisto. No ano seguinte, a escavação deste aterro, datado da fase romana republicana mais antiga (séc. I a.C.) revelava que o dito bloco era, afinal, uma estela epigrafada.



Apesar de descontextualizada, apresentava, depois da sua limpeza, o mais extenso campo epigrafado com a “escrita do Sudoeste”, com 82 signos (Guerra, 2009: 325) e que se encontra exposta no MESA na exposição Vida e Morte na Idade do Ferro.


Sobre a data da criação deste monumento epigráfico, mantêm-se as incertezas. O contexto da sua reutilização tardia não autoriza uma cronologia precisa para a sua realização. A confirmar-se a datação genérica mais recuada destes monumentos epigráficos, causa alguma estranheza a sua reutilização, independentemente da cronologia (neste caso, romana republicana), num povoado que evidenciou cronologias a partir da segunda metade do I milénio a.C.. Certamente que o seu local original de deposição não deveria ser muito longínquo do seu local de identificação.

Certa, porém, é a convicção de que o subsolo deste povoado guarda ainda muita informação por descobrir e interpretar, o que, quem sabe, poderá ajudar a deslindar este verdadeiro enigma arqueológico.

Bibliografia:

ARNAUD, J. M; GAMITO, T. J. (1974-1977) – Cerâmicas estampilhadas da Idade do Ferro do Sul de Portugal. I – Cabeça de Vaiamonte – Monforte. O Arqueólogo Português. Série III. 7-9, p. 165-202.

FERREIRA, C. J. A. (1992) – Escavações no povoado fortificado das Mesas do Castelinho (Almodôvar). Relatório preliminar. Vipasca. Arqueologia e História. Aljustrel: Unidade Arqueológica de Aljustrel/ Câmara Municipal de Aljustrel. 1, p. 19-37.

FERREIRA, C. J. A. (1994) – Mesas do Castelinho. Informação Arqueológica. Lisboa: IPPAR. P. 99-101.

GUERRA, A. (2009) – Novidades no âmbito da epigrafia pré-romana do Sudoeste hispânico. Acta Paleohispánica X. Paleohispanica 9, p. 323-338.

FABIÃO, C. e GUERRA, A. (2008) – Mesas do Castelinho (Almodôvar). Um projecto com vinte anos. Al-madan. Revista de Almada: Centro de Arqueologia de Almada. II Série, nº 16, p. 92- 105.

SCHUBART, H. (1975) – Die Kultur der Bronzezeit im Sudwesten der Iberischen Halbinsel. Text. Madrider Forschungen 9. Vol 1. Berlin: Walter de Gruyter & Co. / Deutsches Archaologisches Institut. Abteilung Madrid.

VASCONCELLOS, J. L. (1933) - Excursão pelo Baixo Alentejo. O Archeólogo Português. Iª série. Nº 29 (1930-1931), p. 230-246.

VIANA, A; FERREIRA, O. V; SERRALHEIRO, P. e A. (1956) – Apontamentos arqueológicos dos concelhos de Aljustrel e Almodôvar. Actas do XXIII Congresso Luso-Espanhol da Associação Portuguesa para o Progresso das Ciências. Coimbra, 1956, 7ª Secção Ciências Históricas e Filológicas. Coimbra. VIII, p. 461-470.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Artigos e monografias em torno da escrita do Sudoeste

Durante os últimos 2 anos saíram em torno da escrita do Sudoeste um conjunto de artigos e monografias.

Aqui fica uma relação dos mesmos, esperando que nenhum tenha ficado de fora:

ANTUNES, A. S. (2010): "Testemunhos de literacia na margem esquerda do Baixo Guadiana: os grafitos", in Um conjunto cerâmico da Azougada. Em torno da Idade do Ferro Pós-Orientalizante da margem esquerda do Baixo Guadiana, MNA, Lisboa, p. 429-436.

BARROS, P., MELRO, S. e SANTOS, P. J. (2010): "Projecto ESTELA: primeiros resultados dos trabalhos nas serras de Mú e Caldeirão", Xelb, 10, Silves, p. 115-128.

CORREA, J. A. R. (2009): Reflexiones sobre la lengua de las inscripciones en escritura del sudoeste o tartesia”, Palaeohispanica, 9, Institución "Fernando el Católico" e CEACP, p. 295-307.

CORREIA, V. H. (2009): “A escrita do sudoeste: uma visão retrospectiva e prospectiva”, Palaeohispanica, 9, Institución "Fernando el Católico" e CEACP, p. 309-321.

GOMES, M. V. (2010): “Estela epigrafada, da I Idade do Ferro, da Cerca do Curralão (Almodôvar, Beja), Musa, 3, MAEDS; p. 137-148.

GUERRA, A. (2010): “Ancillary Study: New Discovered Inscriptions from the South-west of the Iberian Peninsula”, in Cunliffe, B. / J. T. Koch, eds.: Celtic from the West. Alternative Perspectives from Archaeology, Genetics, Language and Literature, Oxbow Books and Celtic Studies Publications.

GUERRA, A. (2010): “Algumas observações sobre a escrita do Sudoeste”, Xelb, 10, Silves, p.103-113.

GUERRA, A. (2009): “Novidades no âmbito da epigrafia pré-romana do sudoeste hispânico”, Palaeohispanica, 9, Institución "Fernando el Católico" e CEACP, p. 323-338.

KOCH, J.T (2009): Tartessian: Celtic in the South-west at the Dawn of History, Aberystwyth 2009.

KOCH, J.T. (2009): “A case for Tartessian as Celtic Language”, Palaeohispanica, 9, Institución "Fernando el Católico" e CEACP, p. 339-351.

MELRO, S. e BARROS, P. (2010): Vida e Morte na Idade do Ferro - Catálogo de exposição. Museu da escrita do Sudoeste de Almodôvar.

MELRO, S. e BARROS, P. (2010): “Projecto Estela: um projecto científico de um museu para o território”, Actas do IV Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular, Huelva (2009), p. 450-453.

MELRO, S., BARROS, P., GUERRA, A. e FABIÃO, C. (2009): "O projecto ESTELA: primeiros resultados e perspectivas", Palaeohispanica, 9, Institución "Fernando el Católico" e CEACP, p. 353-359.

MELRO, S., BARROS, P., GUERRA, A. (2009): “Projecto Estela: do museu para o território”, Almadan on-line, 16, p. 10-11.

SANTOS, P. J., MELRO, S. e BARROS, P. (2010): "Projecto ESTELA: o arranque do S.I.SO.", Xelb, 10, Silves, p. 887-897.

VALÉRIO, M. (2008): Origin and development of the Paleohispanic scripts: the orthography and phonology of the Southwestern alphabet, Revista Portuguesa de Arqueologia, 11-2, Lisboa p. 107-138.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mesas do Castelinho em teses de Mestrado


Foi o projecto de investigação e valorização das Mesas do Castelinho, à frente do qual estão Carlos Fabião e Amílcar Guerra (2008), que proporcionou em boa medida a existência do Projecto ESTELA. Dificilmente um e outro podem ser separados, cruzados que estão nas pessoas e nos esforços de investigação levados a cabo ao longo dos mais de 20 anos de aprendizagem e partilhas que tem lugar no concelho de Almodôvar e em particular junto das gentes de Santa Clara-a-Nova.

Por este motivo, fazemos eco de vários trabalhos de investigação científica realizados no âmbito de Mestrado, que serão apresentados em breve na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

João Nuno Marques dos Santos Miguez - As Fíbulas do Sudoeste da Península Ibérica enquanto marcadores étnicos: o caso de Mesas do Castelinho (26/01 – 10h, Sala 8.1)

Catarina Susana Antunes Alves - A cerâmica campaniense de Mesas do Castelinho (26/01 – 15h, Sala 8.1)

Susana Maria Gonçalves Estrela - Os níveis fundacionais da Idade do Ferro de Mesas do Castelinho (Almodôvar): os contextos arqueológicos na (re)construção do povoado (28/01 – 10h, Sala 5.2)


Bibliografia:

FABIÃO, C. e GUERRA, A. (2008) – Mesas do Castelinho (Almodôvar). Um projecto com vinte anos. Al-madan. Revista de Almada: Centro de Arqueologia de Almada. II Série, nº 16, p. 92- 105.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Conferência do Projecto ESTELA no Museo Arqueológico Provincial de Badajoz

Dentro do ciclo de conferências do primeiro semestre de 2011 do Museo Arqueológico Provincial de Badajoz terá lugar no dia 5 de Março, pelas 11h locais, uma conferência do Projecto ESTELA: “A escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro no Sul de Portugal”.


Estas conferências são de divulgação, para um público não especializado, sobre diferentes aspectos da história e arqueologia. O Museu tem na sua exposição permanente o maior conjunto de estelas com escrita do Sudoeste em Espanha.

Estela de Capote, Higuera la Real (Badajoz) – Fotografia Vicente Novillo (AAVV, 2005: 37)

Bibliografia:
AAVV (2005) - Catálogo de Estelas Decoradas del Museo Arqueológico Provincial de Badajoz, Consejería de Cultura, Junta de Extremadura

Exposição DA FORMA DA ESCRITA À ESCRITA DA FORMA no Museu Nacional de Arqueologia


No seguimento da divulgação que foi feita, não podemos deixar de nos congratular pela inauguração da Exposição dos trabalhos de alunos do Departamento de Cerâmica da Escola António Arroio, orientados pela professora Elsa Gonçalves: “Da forma da escrita à escrita da forma”. Conforme o blog do MNA, esta estará patente até dia 28 de Fevereiro de 2011.